Centenário do artista Poty Lazzarotto será tema de mostra em PG
Ainda entre agosto e setembro, o Museu Campos Gerais pretende abrir três novas exposições ao público
Publicado: 28/06/2024, 13:44
O Museu Campos Gerais (MCG), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), recebe no mês de julho uma exposição que homenageia os 100 anos do desenhista, gravurista e ilustrador paranaense Poty Lazzarotto. Ainda sem data definida para a abertura, a mostra deverá ocupar três salas expositivas com obras do artista plástico, que destacam as técnicas e estilos utilizados em suas produções.
Nascido em Curitiba, em 1924, Poty Lazzarotto deixou um legado significativo nas artes visuais. O artista foi responsável pela criação do primeiro curso de gravura do Museu de Artes de São Paulo (Masp). A partir desta técnica, Poty ilustrou conhecidas obras literárias, como 'Capitães da Areia', de Jorge Amado, e 'Grande Sertão: Veredas', de Guimarães Rosa.
GALERIA DE FOTOS
A mostra sobre Poty chega a Ponta Grossa a partir de uma parceria da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) com o Museu Oscar Niemeyer (MON). A exposição irá circular por museus universitários do Paraná - o itinerário começa pelo Museu Campos Gerais.
“Essa é uma política de parceria que a universidade tem com outros museus do Paraná para receber exposições”, explica Niltonci Batista Chaves, diretor geral do MCG. Na próxima terça-feira (02), a direção cultural do MON fará uma visita técnica ao Museu Campos Gerais para avaliar as condições do prédio histórico.
NOVAS EXPOSIÇÕES - Ainda no segundo semestre, o Museu Campos Gerais pretende inaugurar mais três exposições no prédio histórico, que foi reaberto ao público no mês de junho, após 20 anos sem atividades. O MCG está em processo de negociação com os organizadores para que as mostras já estejam disponíveis para visitação entre agosto e setembro. “A gente já sabe sobre o que trata as exposições, mas não podemos revelar nesse momento, já que ainda estamos organizando as tratativas”, diz Chaves.
Assim, a expectativa da diretoria do MCG é ter, pelo menos, um conjunto de sete mostras abertas ao público até o dia 15 de setembro, data em que o museu universitário completa 74 anos de história, bem como a cidade de Ponta Grossa comemora 201 anos de fundação.
REABERTURA - Em cerimônia realizada no último dia 20 de junho, a Universidade Estadual de Ponta Grossa viveu um momento histórico, com a reabertura da primeira sede física própria do Museu Campos Gerais. O prédio, localizado ao lado da praça Marechal Floriano Peixoto, na região central, estava interditado desde 2003, por conta de problemas estruturais que ameaçavam a estrutura.
Investimentos de R$ 1 milhão, em 2010, via Lei Rouanet, e de R$ 10,5 milhões, via Fundo Nacional de Defesa de Direitos Difusos, em 2022, permitiram a conservação e restauro da edificação, além da construção de um prédio anexo, que abriga laboratórios e áreas técnicas do museu universitário.
GALERIA DE FOTOS
Desde a reabertura da sede histórica, o espaço, que conta com três exposições inéditas, já recebeu quase 500 pessoas, entre professores, estudantes e público em geral. “Como local público, o MCG está servindo ao seu papel de atender aos mais diferentes grupos. Para nós da direção, é relevante ver a potencialidade desse lugar que, sem dúvida, é um dos espaços culturais mais nobres e privilegiados de Ponta Grossa”, destaca o diretor.
Para Niltonci, abrir as portas da sede histórica novamente, após duas décadas, é uma oportunidade de devolver o espaço cultural à comunidade ponta-grossense e dos Campos Gerais. “As pessoas ficam emocionadas por reencontrar o prédio na beleza e estado em que ele está. Durante um século, esse foi um dos imóveis mais importantes da cidade e que as pessoas têm muitas memórias”, compartilha.