Diocese promove formação para assessores Missionários

No final de semana, uma formação reuniu 30 assessores e futuros assessores da Infância, Adolescência e Juventude Missionária das paróquias São Pedro Apóstolo, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Irati), São Roque (Ventania) e Senhor Bom Jesus, a anfitriã. A condução ficou por conta da Leodina Lobato da Costa, coordenadora da Infância e Adolescência Missionária no Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O bispo emérito e administrador apostólico, Dom Sergio Arthur Braschi, passou pelo encontro no final da manhã de sábado (29).

 Participaram já assessores – maiores de 16 anos - os que desejam ser assessores e os que querem formar novos grupos. A acolhida aconteceu na sexta-feira, às 18 horas. Depois da oração inicial, a reflexão abordou 'Ide, convidai a todos para o banquete' com a coordenadora diocesana, Sueli Guimarães. No sábado, Leodina Lobato da Costa abordou a história e o carisma da Infância e Adolescência Missionária, o início no Brasil... O estatuto da IAM foi estudado pelos participantes, que foram divididos em dois grupos para entender, detalhar e discuti-lo. Cada equipe apresentou os pontos que mais chamaram a atenção do documento. Uma dinâmica também movimentou a manhã.

 De acordo com a coordenadora, a formação focou a metodologia, o conhecimento e o método de trabalhar da Obra. “Temos que passar para eles sobre o ardor missionário; como trabalhar o método para educar as crianças no ardor missionário, prepará-las para a missão ad gentes, a que vai até o outro. Precisamos preparar os assessores para que, nas comunidades, eles despertem nas crianças esse ardor missionário. Aquele que vê a realidade do outro, dos cinco continentes, para que eles mudem, tenham o coração de misericórdia e mudem, através da oração e da partilha, a vida de alguém além-fronteira. A Infância Missionária é oração, doação, partilha, mas, se a criança não conhece a realidade, não vê, não ama. Apresentamos às crianças o que é ser missionário, o que é ser imitador de Jesus. A IAM é estilo de vida. Jesus olhava, tinha misericórdia e queria mudar. Nós também quando conhecemos a realidade de diferentes continentes, olhamos, amamos e queremos fazer a diferença, ajudando, através da oração e da partilha, que é o cofrinho. Mensalmente, depositamos lá”, detalhou Leodina.

Ela lembrou que o Regional Sul 2 tem iniciativas missionárias na África, em Quebo, na Guiné Bissau, e o Projeto igreja-irmãs em diversas dioceses. “O ardor missionário está florescendo pelo Regional. Se temos gente em Quebo é porque semeou. A flor, o pólen, gerou. Se temos gente nova aqui hoje é porque despertou. É o Regional que mais tem grupos de Infância e Adolescência Missionária. Só na Diocese de Umuarama são quase 40 grupos. Na de Francisco Beltrão, são 60. Um número muito grande em comparação com os demais regionais”, comentou, citando que, no congresso nacional, marcado para setembro (dias 27, 28 e 29, em Aparecida (SP)), o Regional é o que mais terá representantes. São 58 vagas preenchidas. Em julho, dias 12, 13 e 14, em Guarapuava, será realizado o congresso regional, no formato híbrido. Todas as dioceses irão mandar delegados, informou Leodina.

Dom Sergio pediu que os assessores nunca deixem de insistir com as crianças que, desde o Batismo, temos que levar o Evangelho a todos. “Antigamente, havia uma mentalidade que missionário era só os que iam para fora, do Paraná, do Brasil. Hoje, não é mais assim. Várias dioceses do Paraná têm Igrejas-Irmãs, como temos aqui, com Lábrea, onde, na Paróquia São João Batista, temos dois padres, padre Fábio Sejanoski, e padre Sílvio Mocelim, e um diácono, o Metódio (Retexin) com sua esposa”, contou o bispo emérito, citando que padre Sílvio tem quase 90 anos, ficou quase dois anos na Prelazia e está voltando agora, dia 17 de julho. O bispo detalhou o trabalho dos missionários na Amazônia, as dificuldades e a colaboração dos diocesanos na compra do novo barco da missão - ‘Graça Divina’ - que sai em visita às comunidades ribeirinhas, uma vez por ano. Em 2024, será no final de julho, início de agosto.

“Também temos a alegria de estar participando diretamente com diocesanos na Guiné Bissau. Os três que estão são da Diocese, a Luciane da Luz, de Ventania, e Pedro e Salete Lang, pioneiros que foram já pra lá. Ele, primeiro, no final de 2014 e o casal, em 2015. Em junho, fui visitar os dois, justamente com o padre Fábio, que tinha morado com o casal na Paróquia Nossa Senhora do Pilar. Eu tinha sofrido um infarto e ele se ofereceu para me acompanhar. Com a ajuda, inclusive, das crianças da Infância Missionária foram cavados dois poços artesianos lá. Primeiro, para a construção e, depois, para a casa e a estrutura a missão”, acrescentou Dom Sergio.

A atuação do bispo deixou uma marca missionária na Diocese, garantiu Leodina Costa. “E em nós porque era muito presente. O conheci nas assembleias e muita gente o conhece não só no Regional, mas a nível nacional. É uma figura ímpar. Todos o conhecem como bispo de espírito missionário”, enfatizou a coordenadora.

Diego Alves Ribeiro, de 26 anos, está na dimensão missionária há 21 anos. “A Infância Missionária faz parte da minha vida. Entrei com cinco anos e com 14 anos passei para a Juventude Missionária. Ano passado, fui convidado pela Sueli (Guimarães) e pela irmã Hermelinda (Maria Ruschel, coordenadora do Conselho Missionário Diocesano) a vir fazer parte da coordenação diocesana, que está sendo instalada. Estamos nos organizando. Há muitos jovens para correr atrás. Vamos desenvolver um trabalho incrível e que vai dar muitos frutos para o carisma da Diocese, de missão”, adiantou. Ribeiro é da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, onde funciona um grupo da Infância Missionária e outros três estão em formação.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Diocese de Ponta Grossa