PG movimenta R$ 15,2 bi em negócios em outros países em 2024
Município registrou o maior valor em importações de sua história, com R$ 5,7 bilhões adquiridos, e teve o terceiro melhor resultado nas exportações nos últimos 15 anos, com R$ 9,5 bilhões comercializados
Publicado: 07/01/2025, 18:20
Por mais um ano consecutivo, Ponta Grossa fechou o ano com posição de destaque no comércio exterior nacional, figurando entre as cidades que mais importaram e exportaram no Brasil. Números da balança comercial, revelados pelo Governo Federal, mostram que a cidade comercializou US$ 1,54 bilhão em produtos para outros países, valor que representa algo em torno de R$ 9,51 bilhões, se convertido com base no dólar cotado a R$ 6,179, no último dia de dezembro. Já nas importações, a cidade registrou US$ 924,8 milhões adquiridos, montante que representa R$ 5,71 bilhões. Somando esses dois valores, Ponta Grossa negociou R$ 15,23 bilhões em produtos com outros países, com a balança comercial tendo um superavit de US$ 615,24 milhões – ou R$ 3,80 bilhões.
O valor da exportação foi o terceiro maior dos últimos 15 anos, atrás apenas do montante de US$ 1,82 bilhão de 2023 e de US$ 1,76 bilhão em 2022. Ainda assim, em volume exportado, o valor de 2,87 milhões de toneladas, foi semelhante ao de 2023 (2,9 milhões de toneladas) e superior ao de 2022 (2,54 milhões de toneladas). Em valor, Ponta Grossa foi a 5ª cidade que mais exportou no Paraná e a 41ª que mais exportou no Brasil, com participação de 5,9% no comércio exterior paranaense e de 0,5% no nacional.
Já nas importações, os R$ 5,71 bilhões são um valor recorde para Ponta Grossa, montante que é R$ 41,9 milhões superior aos R$ 5,67 bilhões importados em 2021. No Paraná, esse é o 5º maior valor, que representa 4,7% das importações estaduais no acumulado do ano. Já em âmbito nacional, a cidade aparece como a 65ª maior importadora de produtos, com participação de 0,4% no total nacional.
Entre os produtos, a soja segue na liderança dos produtos mais exportados. O farelo de soja foi o item mais vendido para outros países, com um total de R$ 5,45 bilhões, seguido pelo óleo de soja, com R$ 1,76 bilhão. Somado com a soja em grãos, com R$ 211 milhões vendidos, que aparece na quinta colocação, o ‘complexo soja’ comercializou R$ 7,43 bilhões, valor que representa cerca de 80% do total exportado pela cidade. Na terceira colocação das exportações aparecem as embalagens ‘Tetra Pak’, com R$ 949 milhões, e painéis de madeira do tipo OSB, em 4º, com R$ 275 milhões.
Já nas importações, o destaque fica por conta das peças importadas pela DAF para a montagem de caminhões na cidade. “Partes e acessórios de veículos automotores” aparece na liderança entre os produtos, com R$ 707,9 milhões importados, enquanto que partes destinadas a motores aparece na terceira posição, com R$ 525 milhões importados. O segundo produto mais importado foi a soja, com R$ 618 milhões, sendo boa parte dela vinda do Paraguai. O funcionamento da Maltaria Campos Gerais também já impulsionou a importação de cevada, que foi o quinto produto mais importado, com R$ 231,4 milhões adquiridos.
Ao avaliar os valores totais movimentados, semelhantes aos registrados em 2023, a prefeita Elizabeth Schmidt destaca o potencial econômico da cidade, com as grandes empresas, e o esforço do poder público em investir para dar as condições necessárias para que elas produzam e expandam. “Esses números são reflexo do trabalho conjunto entre o setor público, privado e, principalmente, da força dos nossos empresários e trabalhadores, que têm mostrado ao Brasil e ao mundo a qualidade e competitividade da nossa produção. Ponta Grossa segue se destacando como um polo estratégico de desenvolvimento, com uma economia diversificada e cada vez mais integrada aos mercados internacionais. O futuro promete ainda mais crescimento”, disse ao Portal aRede.
PAÍSES
Entre os países, o maior parceiro da cidade nas exportações foi a Coreia do Sul. Para o país asiático, foram enviados R$ 1,23 bilhão em produtos. Na sequência, apareceram a Índia, para onde foram exportados R$ 1,05 bilhão, e a Indonésia, com R$ 1,03 bilhão. O primeiro país europeu da lista é a França, em 4º, para onde foram R$ 912 milhões em produtos, enquanto a China, que foi a maior parceira da cidade por muitos anos, apareceu em quinto, com R$ 624 milhões adquiridos em produtos. Já no sentido inverso, das importações, os líderes são a Alemanha (R$ 865 milhões), Paraguai (R$ 685 milhões), Países Baixos (R$ 643 milhões), China (R$ 637 milhões) e Estados Unidos (R$ 407 milhões).