Secretários da Diocese de PG se reúnem e renovam espiritualidade

“O melhor lugar para a gente sentir-se bem é quando o outro me escuta”. A frase do bispo de Ponta Grossa, Dom Bruno Elizeu Versari, resume suas expectativas quanto à missão do secretário paroquial. E foi para refletir sobre os aspectos do servir na secretaria das paróquias que aconteceu, durante toda terça-feira (25), o encontro de secretários e secretárias de toda a Diocese de Ponta Grossa. Setenta e três deles passaram o dia no Centro de Formação Nossa Senhora da Paz, em momentos de reciclagem, atualização e também de espiritualidade.  

Sempre que pode, o bispo enfatiza sua preocupação com o atendimento do fiel católico nas comunidades, a necessidade do respeito, da atenção, da agilidade e, sobretudo, da acolhida. Em sua fala nessa terça-feira, Dom Bruno falou sobre a organização do espaço nas secretarias, a estrutura ideal desses locais e o caráter acolhedor que precisa encarnar. “Depois do padre, o secretário é o catequista da paróquia. A secretaria é um espaço de evangelização. Muito mais que o cuidado e zelo com os documentos, é preciso qualidade no atendimento”, destacou.

O diácono Agostinho Basso, da Paróquia São João Batista, de Irati, nos Campos Gerais, especialista em gestão de pessoas e palestrante motivacional, conduziu uma reflexão a respeito do atendimento ao público. “Precisamos atender bem a quem procura a secretaria porque somos o rosto da comunidade. Representamos a maior multinacional do mundo. O Vaticano, o menor estado do mundo, está presente no mundo inteiro. E quem o representa? Nós. A pessoa do secretário é a primeira que entram em contato quando necessitam de algo que só a Igreja pode oferecer. E como está sendo este rosto?”, questionou, recordando o ditado: a primeira impressão é a que fica.

Lembrando a busca por 'Igreja em Saída', o diácono citou que, desde o 'Concílio Vaticano II', no meio eclesial, se busca dialogar com as realidades que estão ao seu redor, de modo específico com o mundo no qual ela está inserida. “O secretariado paroquial ganha fundamental papel nesta Igreja em Saída. Uma vez que o(a) atendente, se vê na linha tênue entre o mundo de quem procura a Igreja e o mundo da própria instituição. Bem por isso seu papel se caracteriza, determinantemente, como uma ação missionária na Igreja”, argumentou Basso. O diácono detalhou ainda os três princípios da secretaria paroquial: acolher, servir e encaminhar. Em especial quanto aos protocolos de acolhida, Basso orientou ir até às pessoas, se apresentar, saudar quem chega, demonstrar que aquela pessoa que está sendo atendida é a pessoa mais importante naquele momento.

Após o almoço, o chanceler e vigário judicial da Diocese, padre Athanagildo Vaz Neto, comentou sobre as diretrizes legais do trabalho dos secretários e respondeu questionamentos, previamente enviados pelos participantes, a respeito de situações rotineiramente vivenciadas nas paróquias. O padre reforçou que ninguém pode receber sacramentos sem ser batizado, abordou os batismos em casa e em hospitais, a condição de pais e padrinhos, as igrejas que oferecem batismos válidos perante a Igreja Católica e, entre outros temas, o zelo pelas anotações nos livros, o cuidado com a letra e a necessidade indispensável de fazer o registro por escrito, mesmo que os dados tenham sido incluídos no 'Sistema Theós', de gestão sacramental, administrativa e financeira.

Evento serviu também para reciclagem e atualização de questões religiosas |  Foto: Diocese de Ponta Grossa.

O encontro das secretárias mobilizou, ao todo, 88 pessoas. “Foi um dia muito legal, apesar de ter sido desafiador para mim, um dos primeiros atos na coordenação diocesana que assumi há poucos meses, já estar nos bastidores desse encontro foi bem especial. Em alinhamento com Dom Bruno, seguimos os mesmos moldes que vinham sendo realizados, mas buscamos este ano falar um pouco mais sobre o atendimento ao público. Formá-los e prepará-los ainda mais. A gente sabe que a comunicação acontece o tempo todo, desde o momento em que os fiéis entram na secretaria até o momento que saem e, até depois, nas conversas on-line que acontecem. A ideia era qualificar esse atendimento para que estejam seguros, e, passar as informações sobre as novas diretrizes da Diocese neste ano jubilar, que vivemos, em preparação ao centenário”, avaliou Bárbara Gardin, coordenadora diocesana da Pastoral da Comunicação, organizadora do encontro.

Segundo Bárbara, foi um dia também de convivência entre eles. “Os momentos de descontração, o sorteio de brindes. Muitos parceiros da Diocese nos ajudaram e elas (e eles) receberam um agrado. Eles que tanto se doam no dia a dia, um trabalho que exige bastante deles. Foi uma forma de fazer um carinho e retribuir”, acrescentou a coordenadora.

Com informações: Assessoria de Imprensa.