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Após dois meses internada, paciente do HU entrega presente para agradecer equipe

Depois de ser internada e algumas complicações de saúde, a paciente retornou à instituição para agradecer o cuidado e carinho que recebeu

Rosangela foi internada no dia 8 de fevereiro sofrendo de fibrose pulmonar
Rosangela foi internada no dia 8 de fevereiro sofrendo de fibrose pulmonar -

Publicado por Lucas Veloso

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Quando Rosangela de Oliveira Pacheco foi internada no Hospital da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG), no dia 8 de fevereiro, ela não esperava tudo que estava para acontecer durante os próximos dois meses. Após ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e algumas complicações de saúde, a paciente retornou à instituição para agradecer à equipe, pelo cuidado e carinho que recebeu durante esse tempo.

Rosangela sofre de fibrose pulmonar, uma condição que leva ao endurecimento do tecido do pulmão e dificulta a respiração. As complicações da doença fizeram a moradora de Porto Amazonas ser transferida até o HU. Além dos 42 dias na UTI, ela passou uma semana em coma entubada, desenvolveu pneumonia, trombose e passou dias sem conseguir se comunicar – a única parte do corpo que mexia eram os dedos. 

A equipe de Cuidados Paliativos do Hospital não esperava que ela voltasse pouco tempo depois com uma homenagem para que todos lembrassem da sua gratidão pelo cuidado que recebeu. “Eu fiz um propósito que, se eu saísse de lá com vida, faria uma pintura para o Hospital para agradecer tudo que fizeram por mim”, explica Rosangela. No dia 26 de maio, ela conseguiu se reencontrar com a equipe e retribuir o cuidado com a entrega de uma tela.

Rosangela pintou um quadro e entregou o presente aos funcionários do HU
Rosangela pintou um quadro e entregou o presente aos funcionários do HU |  Foto: Larissa Godoy/UEPG.

“Eu sempre ouvi os médicos falando que fibrose pulmonar não tem jeito e o tratamento no Hospital Regional foi totalmente diferente do que eu já vivi. Minha família e eu fomos tratados com muito carinho por todos, desde o pessoal da limpeza, até as enfermeiras e médicos”, explica Rosangela. O doutor Edek Francisco acompanhou a paciente durante todo esse tempo. Ele explica que o caso era muito grave, mas que a resiliência e força de vontade fizeram toda diferença para Rosangela superar os desafios.

“As chances eram poucas e na data em que pedimos um ventilador mecânico para a Rosangela usar em casa, ela conseguiu ficar sem esse equipamento. Ela demonstra muita vida, apesar de todas as dificuldades que enfrenta”, explica o médico. O doutor Edek acredita que a pintura  que o Hospital ganhou é um lembrete. “Esse quadro traz uma sensação de conforto. Ajuda a lembrar de encontrarmos paz e refúgio em nós mesmos”, afirma Edek.

A diretora-geral do HU-UEPG, professora Fabiana Mansani, destaca a humanização como finalidade de todo atendimento realizado pelas equipes. “Esse caso é muito importante, porque demonstra que os pacientes foram bem cuidados, acolhidos e tratados com carinho. O agradecimento dela mostra o reconhecimento de uma postura profissional que temos em todo o Hospital Universitário”, defende Fabiana.

Mesmo após o presente, Rosangela faz questão de agradecer novamente aos funcionários do HU. “Não existem palavras para definir o tratamento que recebi. Fui tratada de uma forma tão especial, que é só Deus para pagar a retribuir tudo que a equipe do hospital fez por mim”, conclui Rosangela.

O NASCIMENTO DE UMA ARTISTA - A pintura foi a forma que Rosangela encontrou para continuar o legado do seu filho. O menino Nylton Rafael faleceu em 2016, aos 12 anos, decorrente de fibrose pulmonar. Nylton era conhecido por ser um artista promissor, mesmo com a pouca idade. Ele tocava sete instrumentos, pintava quadros em diversos estilos e chegou a realizar exposições internacionais, como no Museu do Louvre, em Paris. Nylton passou parte da infância em hospitais e, quando estava em casa, precisava ficar com um galão de oxigênio o tempo todo.

“Comecei a pintar depois que meu filho faleceu. Eu ajudava limpando pincel, lavando os equipamentos e ele tinha muito amor por tudo que fazia. Pensei em doar os materiais, mas ninguém ia fazer aquilo com o mesmo amor”, explica Rosangela. Após esse momento de dor, a mãe começou a pintar, dar aulas e chegou a expor em outros países, como em Portugal, Espanha, Itália e Argentina. Com esse talento, Rosangela pintou o quadro que hoje fica nos corredores do HU.

UMA NOVA HISTÓRIA - A vida de Nylton foi registrada em inúmeras reportagens, notícias e materiais que mostravam a obra do garoto. Agora, chegou a hora da mãe do menino contar essa história. Rosangela escreveu o livro O Legado, que conta a história do seu filho. A obra está passando pelos ajustes finais e, em breve, deve estar disponível para o público. “Quero que seja um livro para as crianças terem um exemplo de como enfrentar momentos de dificuldade. Vamos mostrar que o Nylton tinha todos os motivos para reclamar, mas nada impediu que ele realizasse os sonhos dele”, explica Rosangela.

Com informações da assessoria de imprensa.

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