Superação: paratletas de Ponta Grossa brilham no Paradestramento | aRede
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Superação: paratletas de Ponta Grossa brilham no Paradestramento

Histórias inspiradoras de Clebinho e Ageu, mostram que determinação e apoio transformam desafios em vitórias

Clebinho e Ageu mostram que não há barreiras para quem acredita nos seus sonhos
Clebinho e Ageu mostram que não há barreiras para quem acredita nos seus sonhos -

Mariele Alexandra Zanin

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Histórias de superação e vitória ganharam destaque na Associação Paranaense de Equoterapia e Inclusão Equestre (APEIE). Saímos dos estúdios do Grupo aRede para acompanhar de perto a trajetória de paratletas de Ponta Grossa que se destacam no Paradestramento. Clebinho e Ageu, nomes de destaque no esporte, trouxeram recentemente importantes conquistas para a cidade, inspirando pessoas com suas histórias de vida.

Eros Spartalis, coordenador técnico da APEIE, conta que recentemente aconteceu o Campeonato Brasileiro de Adestramento Paraequestre, junto com um Concurso Internacional de Treinamento Paraequestre, onde os juízes das competições eram os mesmos que estavam na Paraolimpíadas. “E a gente teve a felicidade de ter dois campeões brasileiros aqui da APEIE, com histórias que realmente fazem com que a gente se sinta muito feliz pelo nosso trabalho realizado”, revela.

O coordenador reflete também sobre o impacto do trabalho. “As pessoas com deficiência têm um potencial muito grande. Às vezes a sociedade foca apenas na deficiência e não é o que nós fazemos aqui no nosso trabalho, nós focamos no potencial da pessoa e dessa forma a gente consegue ver o quanto eles podem ir além e através disso nos ensinar muito”, fala com orgulho.

Clebinho: do Tratamento à Competição

Cleberson Palhano, conhecido como Clebinho, um dos atletas da APEIE, iniciou sua trajetória buscando a equoterapia como forma de melhorar sua condição física devido à paralisia cerebral. No entanto, seu potencial logo chamou a atenção da equipe, que o incentivou a ingressar no esporte. Hoje, Clebinho é número um no ranking brasileiro e conquistou o título de campeão no Campeonato Brasileiro de Adestramento Paraequestre, além de brilhar na modalidade freestyle com música.

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Clebinho e Ageu mostram que não há barreiras para quem acredita nos seus sonhos. Eros, coordenador técnico, fala com orgulho dos resultados no Campeonato Bra... | Autor: aRede.info
  

“Esse esporte é uma realização de vida. Mostra que não existem barreiras para alcançar os sonhos”, destacou Clebinho, que além de atleta é formado em filosofia, dirige seu próprio veículo e é casado. “Com esforço e força de vontade, a gente chega onde quer chegar”, compartilhou Clebinho. Eros acrescenta que a força de vontade de Clebinho sempre foi um diferencial, o que o levou para as competições e consequentemente, trouxe os troféus para a casa.

Ageu: um recomeço através do esporte

Ageu Lauriche, que sofreu um acidente que resultou na amputação de uma perna, encontrou no hipismo um novo propósito. Mesmo sendo novato no esporte, ele brilhou em sua estreia, conquistando o primeiro lugar em sua categoria no Campeonato Brasileiro. “A prova conta com vários movimentos e somos avaliados pelos juízes internacionais, que levam todos os critérios à risca, então é uma prova muito difícil, mas que com certeza trouxe um título aí que traz uma satisfação pessoal por ser a realização de um sonho participar de um campeonato desse”, conta.

O paratleta conta que após o acidente, começou primeiro com a bicicleta como uma forma de distração. “Através do esporte, eu encontrei aí é várias outras modalidades que também me ajudaram não só na recuperação, mas também de uma forma de encarar a vida”, explica. Ageu, com esse resultado e com o incentivo da APEIE, tem planos de continuar treinando e participar de outras competições, tanto no Brasil, como internacionalmente.

O Trabalho em Equipe

Por trás dessas histórias, está o trabalho incansável de uma equipe dedicada. Paulo Henrique, treinador e responsável pelos cavalos, destacou o cuidado especial com os animais, que também são atletas e recebem treinamento físico, alimentação balanceada e suplementação. “Os cavalos são nossos parceiros. Cada um deles é treinado com dedicação para responder aos comandos dos atletas e proporcionar segurança e confiança”, explica.

Paulo diz que ver esses resultados é inspirador. “É muito gratificante para mim, quanto pessoa e profissional, conseguir fazer com que os meninos tenham esse resultado tão expressivo, porque a gente sabe que é muito bonito ver o resultado, mas por trás a gente trabalha duro, tanto com os cavalos, como com os paratletas”, finaliza.

A APEIE conta com o apoio de empresas como a Nutricol, que patrocina os cavalos usados na equoterapia e nas competições. Apesar disso, o esporte ainda enfrenta desafios financeiros e busca por mais patrocinadores para expandir suas atividades. “Fazer esse trabalho acontecer é um desafio diário. Temos muita paixão pelo que fazemos, mas precisamos de mais apoio da comunidade e de empresas para expandir esse impacto”, explica Eros. Ele também deixa o convite para quem quiser conhecê-los melhor.

As histórias de Clebinho e Ageu são muito mais do que títulos. Elas inspiram aqueles que enfrentam desafios diários, mostrando que limites podem ser superados com determinação, apoio e oportunidades. “Nosso trabalho aqui não é apenas treinar, mas abrir portas. É fazer com que cada atleta veja que é capaz de alcançar qualquer sonho”, concluiu Eros.

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