Advogada da região é acusada de aplicar golpe superior a R$ 3 mi | aRede
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Advogada da região é acusada de aplicar golpe superior a R$ 3 mi

Sete supostas vítimas afirmam que advogada fez orientações para transferir dinheiro a Designo, fundo de investimentos de Tábata

Tábata Miqueletti foi acusada por ex-clientes de golpes digitais
Tábata Miqueletti foi acusada por ex-clientes de golpes digitais -

Publicado por Rodolpho Bowens

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A influenciadora e advogada Tábata Miqueletti foi acusada por ex-clientes de golpes digitais e pirâmides financeiras que teriam gerado mais de R$ 3 milhões de prejuízos para as vítimas. Nas redes sociais, onde acumula 139 mil seguidores, Tábata ostenta viagens internacionais, bolsas e roupas de grife. Ela atende cidades como Curiúva, Imbaú, Ortigueira, Telêmaco Borba e Tibagi, todas na região dos Campos Gerais.

Conforme as informações divulgadas na imprensa nacional nesta terça-feira (27), Tábata é especialista em recuperar valores perdidos de clientes enganados na internet. “Venha comigo e nunca mais caia em golpes na internet”, diz ela nas redes.

De acordo com a F5, que entrevistou sete supostas vítimas da advogada, eles afirmam ter sido orientados a transferir dinheiro para a Designo, fundo de investimentos de Tábata e do ex-marido, Rafael Lins. O 'ex' da advogada está preso desde janeiro e é investigado por estelionato.

SUPOSTAS VÍTIMAS - Kátia Brito, de 56 anos, relata que contratou Tábata para um processo de divórcio. Ela teria sido instruída por Tábata a transferir R$ 2,7 milhões para o então marido da advogada, Rafael. O valor iria para um banco da Suíça, onde, supostamente, ficaria protegido na partilha de bens.

No entanto, após ter transferido as economias, Kátia conta que descobriu que a ação não era necessária. “Essa conta era anterior ao meu casamento, não corria risco nenhum na partilha. Mas ela insistiu que eu mandasse para a Suíça e eu confiei cegamente nela. Perdi a economia da minha vida inteira”, comentou Brito.

Desde que transferiu o dinheiro, ela conta que recebia extratos mensais da conta na Suíça. Porém, em dezembro de 2024, descobriu que os registros eram falsos e não teve mais acesso à conta. Kátia afirma estar com depressão e dificuldades financeiras.

Parte das supostas vítimas afirma ter sofrido golpes quando investiram na Designo. A empresa, descrita como “uma plataforma de investimento em criptoativos”, foi aberta em 2023 nos nomes de Rafael e Tábata, então marido e mulher. Ao jornal, as vítimas afirmam ter perdido acesso às contas onde investiram repentinamente.

CAMPOS GERAIS - Outro caso teria ocorrido em 2022, quando Gustavo Lopes foi contratado por Tábata para o cargo de assistente administrativo no escritório dela, com sede em Telêmaco Borba. Sua função seria para levantar golpes e fraudes digitais para captar clientes.

O próprio funcionário foi coagido a investir R$ 3 mil na empresa - ele também convenceu os pais, uma cunhada e uma amiga a participarem do processo. Ao todo, o prejuízo foi de R$ 28 mil.

OUTRO LADO - Tábata foi contatada por meio de sua assessoria de imprensa e pediu que as perguntas fossem enviadas por e-mail. No entanto, quando a reportagem da F5 tentou fazer isso, o endereço fornecido se mostrou inexistente.

A reportagem insistiu com a assessoria de imprensa, que parou de retornar. O advogado de Tábata, David Garcia, afirmou “não ter conhecimento” das acusações contra ela.

A equipe de Jornalismo do Portal aRede também tenta o contato com a advogada, mas ainda sem retorno. Tão logo isso aconteça, a notícia será atualizada.

Com informações ND Mais.

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