Futuro das ferrovias de PG será um legado de infraestrutura para as próximas gerações | aRede
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Futuro das ferrovias de PG será um legado de infraestrutura para as próximas gerações

Conselheira, empresária também sugere construções na antiga rede de barracões de vila Oficinas; por exemplo: projetos de habitação

Giorgia Bin Bochenek é conselheira na área empresarial
Giorgia Bin Bochenek é conselheira na área empresarial -

Rodolpho Bowens

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A conselheira da área empresarial do Grupo aRede, Giorgia Bin Bochenek, explica que a definição sobre as ferrovias de Ponta Grossa será um legado de infraestrutura para as próximas gerações - o debate é referente a uma reportagem especial do Portal aRede. Para ela, é essencial que o município se coloque como protagonista da discussão. Além disso, a empresária sugere alguns projetos para a antiga rede de barracões da vila Oficinas, abandonada há anos pela União.

Confira abaixo a opinião na íntegra da Giorgia, advogada, empresária e a primeira mulher presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg):

"Ponta Grossa construiu sua identidade e seu progresso sobre a intersecção de caminhos. Da vocação agropecuária ao polo industrial e logístico de destaque nacional, nossa força sempre esteve ligada à capacidade de escoar produção e conectar mercados. Neste momento, dois temas aparentemente distintos, mas profundamente conectados ao nosso DNA de cidade rota, exigem atenção estratégica: o futuro do transporte ferroviário no país e a destinação do patrimônio da antiga rede local.

Com a proximidade do fim da concessão da malha operada pela Rumo em nossa região, abre-se uma janela de oportunidade. Não podemos nos limitar a ser espectadores de um processo que redefine a logística nacional. É hora de posicionar Ponta Grossa de forma proativa, defendendo melhorias que beneficiem diretamente nossa competitividade.

Neste contexto, um projeto de interesse estadual e nacional ressurge como fundamental: a nova descida da Serra do Mar pela Ferroeste. Embora geograficamente distante, seu impacto seria sentido aqui, no coração dos Campos Gerais. Um traçado moderno e eficiente é a alternativa estruturante que pode desafogar nossas rodovias saturadas, reduzir custos logísticos para nossa indústria e agronegócio e atrair novos investimentos. É uma pauta que devemos abraçar e pressionar, pois se trata de um legado de infraestrutura para as próximas gerações.

VÍDEO
Assista à opinião da conselheira da área Empresarial | Autor: Colaboração.
 

Paralelamente, temos uma questão urgente e localizada: o destino dos galpões e terrenos da antiga rede ferroviária na região da Vila Oficinas. Enquanto debatemos o futuro de longo prazo, não podemos ignorar um problema presente. Essa vasta área, em uma localização privilegiada da cidade, encontra-se em estado de abandono. Ociosidade que, sabemos, gera degradação, riscos à segurança pública, problemas ambientais e de saúde para a comunidade do entorno. A perpetuação dessa situação é inaceitável.

O entendimento da Acipg é claro: o ideal é a transferência desse patrimônio para o município. Com a posse, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG), em diálogo com a sociedade, poderia conduzir um amplo estudo de viabilidade para transformar aquele espaço em um legado positivo. As possibilidades são diversas - um polo de equipamentos públicos de lazer e esporte, um centro de apoio ao turismo que valorize nossa história ferroviária, ou mesmo áreas para projetos de habitação, saúde e educação. O importante é que deixe de ser um passivo para se tornar um ativo de desenvolvimento social e urbano.

Conectar essas duas frentes - a defesa de uma ferrovia moderna para o estado e a requalificação urgente do patrimônio local - é o papel do verdadeiro planejamento estratégico. A Acipg, representando o setor produtivo que tanto depende de uma logística eficiente e de uma cidade organizada, coloca-se à disposição para estes debates. Trabalharemos para que as decisões sobre os trilhos que cruzam nosso passado ajudem a pavimentar um futuro de mais competitividade, qualidade de vida e progresso para Ponta Grossa".

CONSELHO DA COMUNIDADE

Composto por lideranças representativas da sociedade, não ocupantes de cargo eletivo, totalizando 14 membros, a iniciativa tem o objetivo de debater, discutir e opinar sobre pautas e temas de relevância local e regional, que impactam na vida dos cidadãos, levantados semanalmente pelo Portal aRede e pelo Jornal da Manhã, com a divulgação em formato de vídeo e/ou artigo.

Conheça mais detalhes dos membros do 'Conselho da Comunidade' acessando outras notícias sobre o projeto.

OUTRAS OPINIÕES

- PG tem oportunidade única para promover mudanças sociais através das ferrovias.

LEIA ABAIXO UM RESUMO DA NOTÍCIA

- Giorgia Bin Bochenek defende que Ponta Grossa precisa assumir protagonismo no debate sobre o futuro das ferrovias, já que o fim da concessão da Rumo abre uma oportunidade estratégica para fortalecer a competitividade regional e garantir um legado de infraestrutura para as próximas gerações.

- Ela aponta que a nova descida da Serra do Mar pela Ferroeste é um projeto prioritário, capaz de modernizar a logística estadual, reduzir custos para a indústria e o agronegócio, atrair investimentos e desafogar rodovias que hoje estão saturadas.

- Sobre a antiga área ferroviária da Vila Oficinas, Giorgia afirma que sua transferência ao município permitiria estudos para transformá-la em um ativo urbano — com opções como lazer, esporte, turismo, habitação ou equipamentos públicos — evitando que continue degradada e gerando riscos à comunidade.

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