Reviravolta: homem simula acidente para esconder feminicídio em Minas | aRede
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Reviravolta: homem simula acidente para esconder feminicídio em Minas

Casal passou por pedágio com a mulher, que estaria morta, no banco do motorista. O namorado foi preso no velório da vítima

Henay Rosa Gonçalves Amorim, de 31 anos, foi morta após acidente simulado
Henay Rosa Gonçalves Amorim, de 31 anos, foi morta após acidente simulado -

Publicado por João Victor Lourenço

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A morte de Henay Rosa Gonçalves Amorim, de 31 anos, que teria sido vítima de um acidente de trânsito em Itaúna (MG), no último domingo (14), teve uma grande reviravolta. Agora, a Polícia Civil investiga o caso como femicídio. Alison de Araújo Mesquita, de 43 anos, confessou que matou a namorada, Henay Rosa Gonçalves Amorim, de 31 anos, e simulou o acidente para encobrir o crime.

Vítima desacordada

A Polícia já havia considerado o feminicídio após a análise de imagens de câmera de segurança de uma praça de pedágio, que flagrou o carro onde Henay estava minutos antes de colidir contra um ônibus de turismo na MG-050. Alison também estava no veículo.

As imagens registradas na praça de pedágio mostram Henay sentada no banco do motorista, aparentemente desacordada, enquanto o companheiro estava no banco do passageiro. No vídeo, ele aparece pagando a tarifa e esticando o corpo para alcançar o volante, conduzindo o carro de forma improvisada. A situação chamou a atenção da atendente do pedágio, que chegou a questionar se estava tudo bem.

Segundo a polícia, Alison afirmou que a companheira estava passando mal. De acordo com a corporação, a funcionária sugeriu que o homem parasse o carro para atendimento e que ele indicou que faria o recomendado. No entantou, seguiu viagem.

O acidente, no qual o veículo em que os dois estavam invadiu a contramão e atingiu um ônibus, aconteceu cerca de nove minutos depois. A morte de Henay foi constatada no local.

Preso no velório

Alison foi detido na manhã dessa segunda, durante o velório de Henay, em Divinópolis (MG). Além do vídeo, a Polícia Civil apontou contradições entre a dinâmica do acidente e as lesões apresentadas por Henay. Segundo a apuração, os ferimentos observados no corpo da vítima não seriam compatíveis apenas com o impacto da batida.

A investigação do caso foi aprofundada após os investigadores passarem a considerar a possibilidade de a vítima já estivesse inconsciente antes da batida. Em razão das inconsistências, novos exames periciais foram solicitados. O sepultamento chegou a ser adiado para a realização de exames complementares.

De acordo com a análise de peritos, que apuraram as imagens do acidente, seria improvável que só a colisão tivesse causado a morte da mulher. Por isso, o caso passou a ser tratado oficialmente sob a ótica de possível homicídio, com indícios de feminicídio.

Relacionamento tinha histórico de violência

Após a mudança no caso, a investigação também passou a considerar mensagens, fotografias e registros de atendimentos médicos que indicariam um possível histórico de violência doméstica. A polícia aponta que o contexto ajudou a explicar os indícios levantados e a reforçar a suspeita de que a morte de Henay poderia não ter sido um evento isolado.

Os celulares da vítima e do investigado foram apreendidos e encaminhados para análise pericial. A Polícia Civil aguarda o resultado do laudo de necropsia e a conclusão das oitivas para avançar no inquérito.

Leia a matéria e acesse ao vídeo no Portal Metrópoles

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