Fisioterapia auxilia no desenvolvimento de crianças com autismo
Profissional destaca o corpo como ponto de equilíbrio emocional e comportamental, e a importância de um olhar multidisciplinar no tratamento
Publicado: 15/10/2025, 12:28

No Viver Bem de hoje, o tema foi o desenvolvimento de crianças com autismo sob uma nova perspectiva: o corpo como porta de entrada para o equilíbrio emocional e comportamental. Quem trouxe esse olhar foi o fisioterapeuta e osteopata Luiz Eduardo Chi, que tem se dedicado a uma abordagem inovadora na fisioterapia infantil.
Luiz explica que, ao iniciar sua trajetória profissional, o foco estava na parte motora. Com o tempo e a crescente atenção ao autismo, ele percebeu que o trabalho com essas crianças vai muito além do movimento. “O desenvolvimento motor é só uma parte. É preciso entender também questões sensoriais, alimentares, emocionais e familiares. Cada criança tem um conjunto único de necessidades”, explica.
O fisioterapeuta reforça que o atendimento é sempre individualizado e multidisciplinar, envolvendo profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos e nutricionistas. “Cada área contribui para a evolução da criança integradamente. O objetivo é ampliar a independência e a qualidade de vida”, destaca.
Entre as técnicas utilizadas, Luiz trabalha o alinhamento das estruturas corporais para facilitar a mobilidade, a respiração e o equilíbrio muscular. Isso, segundo ele, prepara o corpo para que outras terapias, como a fonoaudiologia, tenham resultados mais efetivos. “Se a estrutura está alinhada, o corpo responde melhor, inclusive na fala e na postura”, explica.
Confira a entrevista completa:
A atuação não se limita ao autismo. Luiz também atende crianças com síndrome de Down, TDAH e TOD, e ressalta a importância de estimular o desenvolvimento desde os primeiros sinais de atraso. “Os primeiros seis anos de vida são o período de maior neuroplasticidade. É quando o cérebro está mais apto a aprender e criar novas conexões. Quanto antes a intervenção, melhor o resultado”, afirma.
O fisioterapeuta também tem voltado seu olhar para as famílias. “Os pais de crianças atípicas vivem uma sobrecarga emocional e física. Então, comecei a atendê-los também, com técnicas voltadas para aliviar dores e tensões. Quando a família está equilibrada, a evolução da criança também acontece com mais fluidez.”
Luiz finaliza com uma mensagem de esperança: “O autismo não tem cura, mas tem tratamento. Informação e acompanhamento fazem toda a diferença. É possível desenvolver a autonomia e melhorar a qualidade de vida da criança e da família.” Para conhecer o trabalho de Luiz e agendar atendimentos, o contato está disponível nas redes sociais do profissional, @chi_of.