Setor de alimentação discute a volta do horário de verão
Discussão voltou à pauta com a bandeira vermelha e o reajuste da Copel, empresários afirmam que a medida incentiva o consumo, reduz custos e aumenta a sensação de segurança
Publicado: 02/07/2025, 21:31

A conta da energia elétrica é um dos principais custos da alimentação fora do lar e as bandeiras tarifárias, como a vermelha em vigor desde 30 de maio, ou mesmo os reajustes anuais, como da Copel em 2% a partir de 24 de junho, retomaram as discussões sobre a volta do horário de verão.
Esse debate parte da Abrasel nacional e nos Campos Gerais não é diferente. “Quando tínhamos aquela uma hora a mais de sol, era comum ver as pessoas buscando bares e restaurantes depois do trabalho, já que ainda estava claro e isso dava a sensação de mais tempo livre”, pontua Lucas Klas, proprietário do Boteco da Visconde.
Segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel Nacional, além dos ganhos na eficiência energética, a retomada da medida pode favorecer setores dependentes da mobilidade urbana e da presença do consumidor. “Quando ainda há luz natural, o brasileiro se sente mais estimulado a sair ou permanecer nas ruas”.
Para Solmucci, o horário de verão favorece a movimentação em bares, restaurantes, lojas e outros negócios, além de ampliar a sensação de segurança. “É um efeito positivo em cadeia, do qual a economia e a população saem beneficiadas”, conclui.
Localmente, a Abrasel Campos Gerais comenta sobre a mudança. “Os associados comentam que o fim do horário de verão impacta o movimento, já que aquela hora a mais de luz incentivava os clientes a aproveitarem um happy hour. Sem ela, muitos acabam indo direto para casa assim que anoitece”, pontua Amanda Loureiro, executiva da Abrasel Campos Gerais.
INFLAÇÃO - Os dados do IPCA de maio apontam que a energia elétrica residencial cresceu 3,62%, ficando acima do índice geral, com variação de 0,26%, e da alimentação fora do domicílio com alta de 0,58%.
E esse aumento na inflação tem relação direta com a bandeira vermelha, o que eleva a tarifa em R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos.
Com informações da assessoria de imprensa.