População em situação de rua deve ter políticas públicas robustas em Ponta Grossa
Conselheira, gestora da Adetur acredita que o desenvolvimento de uma cidade não se mede apenas pelos indicadores econômicos
Publicado: 04/11/2025, 04:43

A conselheira da área de Turismo do Grupo aRede, Karen Kobilarz, lembra que o desenvolvimento de Ponta Grossa não se mede apenas por indicadores econômicos, mas também pelo cuidado e bem-estar com todos os moradores - entenda o debate aqui. Para ela, a população em situação de rua precisa ser acompanhada de políticas públicas robustas.
Confira abaixo a opinião na íntegra da Karen, bacharel em Turismo, especialista em políticas públicas e gestão empresarial, consultora do Sebrae e Senar PR, além de gestora executiva da Adetur Campos Gerais:
"Ponta Grossa tem experimentado um crescimento acelerado, impulsionado pelo setor industrial, logístico e de serviços. A atração de empresas, a expansão industrial e a consolidação do município como referência logística trazem oportunidades, mas também podem acentuar desigualdades e aprofundar situações de exclusão se não forem acompanhadas de políticas públicas robustas de proteção social.
É preciso lembrar que o verdadeiro desenvolvimento não se mede apenas por indicadores econômicos, obras ou expansão industrial, mas pela capacidade que a cidade tem de cuidar de todos os seus moradores, especialmente aqueles que mais precisam. Por isso, é essencial que as políticas setoriais - especialmente as ligadas à expansão econômica e ao planejamento urbano - incorporem mecanismos de monitoramento social, com indicadores claros, metas mensuráveis e transparência no acompanhamento dos impactos do crescimento da cidade sobre a vida das pessoas.
Não basta oferecer ações pontuais ou assistencialistas, é necessário estruturar respostas permanentes, intersetoriais e baseadas na garantia de direitos. Ampliar e fortalecer a rede de atendimento às pessoas em situação de rua em Ponta Grossa exige planejamento de médio e longo prazo, articulando assistência social, saúde, habitação, educação, cultura e políticas de trabalho e renda. Empresas e novos empreendimentos devem ser corresponsáveis pelo território que ocupam, contribuindo para ações de inclusão, formação profissional, empregabilidade e sustentabilidade social. Cidades que adotaram abordagens integradas demonstraram resultados positivos na redução da população em situação de rua e na reconstrução de trajetórias de vida.
Também é preciso reforçar que todos, sem exceção, devem ser tratados com dignidade. Isso significa reconhecer cada pessoa em situação de rua como cidadã, com história, direitos e potencial de reconstrução. Garantir dignidade envolve assegurar acesso a políticas públicas, acolhimento humanizado, respeito e oportunidades reais de transformação de vida. Também exige estimular uma cultura de empatia e respeito mútuo, combatendo o estigma e o preconceito presentes no cotidiano. É assim que se constrói uma cidade que evolui com responsabilidade e dignidade para todos".
CONSELHO DA COMUNIDADE - Composto por lideranças representativas da sociedade, não ocupantes de cargo eletivo, totalizando 14 membros, a iniciativa tem o objetivo de debater, discutir e opinar sobre pautas e temas de relevância local e regional, que impactam na vida dos cidadãos, levantados semanalmente pelo Portal aRede e pelo Jornal da Manhã, com a divulgação em formato de vídeo e/ou artigo.
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