União Europeia se une à China e ao Canadá em retaliação contra os EUA
O pacote de medidas aprovado pelos europeus deve ter um impacto de 20 bilhões de euros e atinge produtos como soja, suco de laranja e carne
Publicado: 09/04/2025, 12:46

Em um novo capítulo da guerra comercial entre algumas das maiores potências econômicas do mundo, aUnião Europeia (UE) aprovou nesta quarta-feira (8/4) o primeiro pacote de medidas retaliatórias aos Estados Unidos, com tarifas de 25% sobre diversos produtos norte-americanos.
Os chineses anunciaram nesta quarta-feira (9/4) tarifas de 84% sobre produtos americanos. A contramedida canadense havia sido divulgada na semana passada. Ela aplica uma tarifa de 25% aos veículos não cobertos pelo acordo de livre comércio EUA-México-Canadá, conhecido como USMCA. A medida começa a valer nesta quarta-feira.
A ação dos europeus é uma resposta à decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio dos países da UE. Além disso, o bloco foi alvo de taxas adicionais de 20% sobre praticamente todos os demais produtos.
O pacote de medidas aprovado pelos europeus deve ter um impacto de 20 bilhões de euros (cerca de R$ 129,5 bilhões, pela cotação atual) e atinge produtos como soja, suco de laranja, carne, motos e itens de beleza.
O uísque dos EUA foi retirado da lista de última hora, com o objetivo de proteger os fabricantes de bebidas do bloco europeu de eventuais novas taxas norte-americanas.
De acordo com a UE, as taxas retaliatórias começarão a ser cobradas a partir do dia 15 de abril. “Essas medidas podem ser suspensas a qualquer momento, caso os EUA concordem com um resultado negociado justo e equilibrado”, informou a Comissão Europeia, em nota.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que continua apostando na negociação entre o bloco e representantes do governo Trump.
“A Europa está sempre pronta para um bom acordo. Mas também estamos preparados para responder por meio de medidas de retaliação para defender nossos interesses”, afirmou Von der Leyen.
Com informações: Metrópoles.