Análise Estratégica Integrada: A Construção do Ecossistema de Saúde de Ponta Grossa
Conselheiro também sugere a construção de um 'Hospital Municipal de Emergências' no Município
Publicado: 02/08/2025, 17:59

O conselheiro da área da Saúde do Grupo aRede, Mário Rodrigues Montemor Netto, destaca 'A Construção do Ecossistema de Saúde de Ponta Grossa', com os investimentos de quase R$ 300 milhões que transformarão o Município no maior complexo de Saúde do Estado do Paraná. A reportagem especial (leia aqui) traz todos os detalhes do planejamento que está sendo estruturado na cidade. Confira abaixo a opinião do presidente da Associação Médica de Ponta Grossa (AMPG):
Análise Estratégica Integrada: A Construção do Ecossistema de Saúde de Ponta Grossa
A análise conjunta da reportagem 'PG se transformará no maior complexo de saúde do Paraná' e do eixo de Saúde do 'Masterplan 2043', sob a ótica da reconstrução da Atenção Primária (APS) e da atuação de uma coalizão estratégica, revela a edificação de um ecossistema de saúde integrado e sinérgico. A visão que emerge é a de um sistema de pilares interdependentes que se fortalecem mutuamente.
- A Fundação: A reconstrução da Atenção Primária (Saúde Municipal): a atual gestão municipal está reconstruindo as bases do sistema. Os investimentos em novas Unidades Básicas de Saúde (UBS), Superpostos e na futura Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oficinas, são a fundação essencial de todo o complexo. Uma APS forte, como planejado, se torna a gestora inteligente da saúde da população, focando na prevenção e no diagnóstico precoce, alinhada à visão do Masterplan 2043 de "desenvolver uma estratégia de saúde preventiva universal".
- O Edifício: A consolidação do polo de Alta Complexidade (Saúde Regional): com a fundação em obras, os grandes investimentos citados na reportagem, como a nova torre do Hospital Universitário (HU-UEPG), o Centro Oncológico da Santa Casa, o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e a expansão da Unimed, se tornam o edifício robusto que se assenta sobre essa nova fundação. A Policlínica e o AME são as pontes que ligam a APS aos hospitais, atacando o "gargalo" das especialidades.
Ponto Construtivo: O Elo Crítico para a Jornada do Cidadão – O Hospital Municipal de Emergências
Para que este ecossistema funcione com máxima eficiência e para que o cidadão sinta total segurança em momentos de crise, um elo crítico deve ser integrado ao planejamento: um Hospital Municipal de Emergências, dedicado à população de Ponta Grossa.
Este hospital não compete com a estratégia, ele a aperfeiçoa. Ele funcionaria como o grande centro de estabilização da cidade, absorvendo a demanda de urgência e emergência que hoje sobrecarrega as UPAs e, principalmente, os hospitais de alta complexidade.
Ao centralizar o atendimento emergencial, ele protege os outros dois pilares:
- Protege a Atenção Primária: garante que as UBS e superpostos possam focar na prevenção e no acompanhamento, sem serem a única alternativa para casos agudos;
- Protege o Polo Regional: libera o HU e a Santa Casa de atendimentos de emergência de menor complexidade, permitindo que foquem em sua vocação: cirurgias complexas, tratamento de câncer e pesquisa, consolidando-se como referências estaduais.
Incorporar essa peça ao plano estratégico não é apenas resolver um problema atual, mas garantir a resiliência e a sustentabilidade de todo o ecossistema de saúde para as próximas décadas.
A sinergia do Ecossistema e a conclusão
Com a inclusão deste elo, o círculo virtuoso se completa: a APS previne, o Hospital de Emergências estabiliza, e o Complexo Regional resolve os casos mais graves. A excelência do polo atrai recursos que podem ser reinvestidos em todo o sistema.
A ambição de Ponta Grossa, portanto, é se tornar não apenas o "maior", mas o complexo de saúde mais inteligente, integrado e eficiente do Paraná. Um projeto onde a reconstrução da base, a excelência do topo e a segurança de uma porta de emergência sempre aberta se unem para concretizar a visão do Masterplan 2043: mais qualidade de vida para cada cidadão.
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