Turismo ferroviário: transformar obstáculos em oportunidades turísticas para PG
Conselheira, gestora da Adetur Campos Gerais, cita exemplos de cidades que apostaram nessa atração e hoje colhem os frutos
Publicado: 06/10/2025, 18:18

A conselheira da área de Turismo do Grupo aRede, Karen Kobilarz, vê as ferrovias como uma oportunidade de Ponta Grossa fortalecer seu turismo e sua cultura - veja a reportagem especial aqui. Para ela, cidades dos estados de Minas Gerais e de São Paulo, que apostaram nesse tipo de atração, hoje colhem os frutos em geração de emprego, por exemplo.
Confira abaixo a opinião na íntegra da Karen, bacharel em Turismo, especialista em políticas públicas e gestão empresarial, consultora do Sebrae e Senar PR, além de gestora executiva da Adetur Campos Gerais:
"O atual debate sobre a reestruturação urbana de Ponta Grossa, conforme destacado na matéria 'Novo desenho urbano de PG esbarra nas ferrovias', escancara um dilema histórico: a ferrovia, outrora símbolo de progresso, hoje representa um entrave à mobilidade urbana. No entanto, essa aparente barreira pode se converter em potente alavanca para o desenvolvimento turístico, cultural e social da cidade, por meio da valorização do patrimônio ferroviário local.
Os antigos espaços ligados à ferrovia - galpões, estações, vilas operárias e trilhos desativados -, atualmente degradados ou subutilizados, guardam memórias fundamentais da formação econômica e identitária de Ponta Grossa. Ao invés de apagá-los do mapa urbano, é possível ressignificá-los como espaços de visitação histórica, centros culturais e pontos de encontro entre passado e presente. Cidades que apostaram no turismo patrimonial ferroviário, como São João del-Rei (MG) ou Paranapiacaba (SP), hoje colhem frutos em geração de emprego, fortalecimento da cultura local e atração de novos públicos.
Por meio de circuitos históricos, visitas guiadas, intervenções artísticas e oficinas educativas, a cidade não apenas preservaria o passado como ativaria comunidades locais, incentivando o turismo responsável e sustentável. Para isso, é necessário diálogo entre poder público, concessionárias, população e setor turístico.
Ponta Grossa tem, nos trilhos que hoje a dividem, a chance de unir seu território pela cultura. Valorizar esse patrimônio é um passo para transformar um problema urbano em solução criativa e duradoura".
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