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Dois imóveis de PG são excluídos do Inventário Cultural; veja quais

Muros da Fazenda Cachoeira e Passarela do Paraguaizinho foram exclusos do Inventário Cultural da cidade nesta semana

Os dois imóveis exclusos não possuem argumentos suficientes para se manterem no Inventário
Os dois imóveis exclusos não possuem argumentos suficientes para se manterem no Inventário -

Iolanda Lima

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O Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (COMPAC) de Ponta Grossa decidiu, na última segunda-feira (7), retirar a Passarela da avenida Bispo Dom Geraldo Pellanda (próxima ao Paraguaizinho) e os Muros de Pedra da Fazenda Cachoeira do Inventário Cultural da cidade. 

A decisão segue o Artigo 216 da Constituição Federal e a Lei Municipal n° 8.431/2005, que regem a administração de imóveis com valor histórico e cultural da cidade. Segundo o secretário de Cultura da Ponta Grossa e membro do COMPAC, Alberto Portugal, o Inventário faz parte do processo de tombamento de imóveis. Ele ainda explica que atualmente o Conselho está fazendo uma revisão dos imóveis inventariados, pois, "não é interessante manter os imóveis nesse limbo, que é o tombado e o não tombado", conta. 

Os dois imóveis exclusos não possuem argumentos suficientes para se manterem no Inventário. O secretário expõe que o Conselho considera questões sociais, culturais e arquitetônicas para realizar o tombamento do imóvel. No caso, a Passarela não conta de forma expressiva a história ferroviária de Ponta Grossa, e perdeu seu contexto entre as estações de trem, além de não ter sido construída na época. Já os Muros, "tem uma descaracterização, eles ficam no local de difícil acesso e não temos material para contar uma história aprofundada sobre eles", explica o secretário.

Qualquer pessoa da sociedade civil pode pedir o inventariado de imóveis na cidade, a deliberação fica por conta do Conselho. Atualmente, 18 imóveis fazem parte do Inventário Cultural da cidade. A lista serve como um processo de reconhecimento de tombamento. Após o tombamento, o imóvel não poderá ser descaracterizado, e cabe ao proprietário a sua conservação e manutenção. 

A Passarela da avenida Bispo Dom Geraldo Pellanda foi construída nos anos 70 e entrou no Inventário Cultural em 2023, com pedidos da população desde 2016. A justificativa na época era pelo valor prático de locomoção entre a Estação Saudade e a rua Fernandes Pinheiro.  

Os Muros de Pedra da Fazenda Cachoeira, localizado próximo ao Pitangui, entrou no Inventário em 2001. Das construções originais do século 19, sobrou apenas os Muros de Pedra, construídos em pedra de saibro. Na época, a justificava para a inclusão na lista foi a técnica e a qualidade de preservação da construção.

Com supervisão de Rodolpho Bowens 

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