Trabalhador morre soterrado em silo de grão em fazenda na região de PG

Uma tragédia mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros a cerca de 40 quilômetros do Centro de Ponta Grossa, na tarde dessa segunda-feira (7), em uma fazenda localizada na zona rural, entre os municípios de Ponta Grossa e Tibagi.

Um trabalhador de 50 anos morreu soterrado dentro de um silo de grãos. A ocorrência foi registrada às 16h20 e exigiu um trabalho complexo das equipes de resgate, que se estendeu até a madrugada desta terça-feira (8).

De acordo com as informações, a vítima foi engolfada por uma grande quantidade de grãos, enquanto se encontrava no fundo do silo, que estava com cerca de metade de sua capacidade total, sendo aproximadamente 250 toneladas de grãos. Inicialmente, o primeiro bombeiro desceu ao local de forma ancorada, enquanto o restante da equipe iniciou a abertura de cinco pontos laterais no silo para escoar os grãos e tentar viabilizar o resgate.

Durante a operação, um funcionário da fazenda informou que havia visto a vítima sobre o piso do silo, no momento em que ela foi soterrada. Diante dessa informação, os bombeiros adotaram uma nova estratégia, pois havia uma camada estimada de quatro metros de grãos acima do piso. As equipes então passaram a realizar a retirada manual do material com o uso de enxadas. Um trator também foi utilizado para auxiliar no escoamento dos grãos, contribuindo para acelerar o processo e aliviar o peso interno do silo.

Por volta das 22h, os bombeiros localizaram o corpo da vítima, que apresentava diversas fraturas, possivelmente causadas pela pressão exercida pela grande quantidade de grãos. A área foi isolada e preservada até a chegada da Polícia Científica e do Instituto Médico Legal (IML). O corpo foi retirado somente após a conclusão dos procedimentos de perícia.

A operação foi encerrada por volta da 1h10 da madrugada desta terça, após mais de 9 horas de trabalho ininterrupto. O resgate exigiu um intenso esforço físico e técnico por parte das equipes, diante do grande volume de grãos, do risco de desabamento e da complexidade envolvida em garantir a segurança dos socorristas.

Informações: Atento a Rede